quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Amor

Amor, sonhei contigo um sonho lindo!
E foi pra mim o meu melhor instante.
Nos braços teus me vi tão delirante,
Imersa em teus carinhos me esvaindo.
 
No sonho amor, vieste a mim, sorrindo,
E sobre os meus lençóis, exuberante,
Meu corpo nu rendeu-se provocante,
E fui contigo ao céu me diluindo.
 
Em grão furor dos teus ardentes beijos,
Me misturei nos rios dos teus desejos,
E fui contigo a um mundo tão risonho.
 
Mas quando despertei nos meus arquejos,
Minha alma sufocava em relampejos,
Querendo uma vez mais o mesmo sonho.
 
Edith Lobato - 04/06/13

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Meu amor

Sublima meu presente, um sibilar prelúdio,
De amor, unção divina, em mágico momento.
Um odre de candura, a borrifar alento,
Nos vãos da solidão dum tempo de interlúdio.
 
O amor a me domar, varrendo todo tédio,
Na força da paixão, na foz do sentimento.
Loucura por loucura, atroz meu pensamento,
Incita-me o desejo em visceral assédio.
 
Sou pura combustão no entrelaçar da trama.
Na flor da pele estou, no teu dulçor deslizo,
Suspensa na emoção do nosso amor em drama.
 
Assim é que me sinto ardendo feito chama,
Querendo o mesmo sol que incita teu sorriso,
E o mesmo ar que pousa em uma flor na rama.
 
Edith Lobato – 15/03/14

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Minhas cartas

As cartas que escrevi desde o começo,
Com tinta de minh’alma e coração.
Foi por amor e por grande paixão,
Tributo ao teu ser, com imenso apreço.
 
No início, elas não tinham endereço.
Somente eram os frutos da ilusão,
Nascidas dentro da imaginação,
Que em contas de rosários te ofereço.
 
Rascunhos tantos fiz, rasguei papel,
Da solidão sorvendo amargo fel,
Fui palmilhando, assim, minha amargura.
 
E sem ter selo e nem caixa postal,
As cartas entreguei, pois afinal,
Em minha vida o amor, hoje, é ventura.
 
Edith Lobato - 30/09/13